O escapulário: um sinal mariano

A palavra “escapulário” indicava uma espécie de avental que os monges usavam durante o trabalho manual. Com o passar do tempo, foi-se dando a este um sentido simbólico: o de levar a cruz de cada dia, como discípulo e seguidor de Jesus.

Em algumas Ordens religiosas, como o Carmelo, o escapulário transformou-se também em um sinal de sua maneira de viver o Evangelho; passou a simbolizar a dedicação especial dos Carmelitas a Maria, Mãe de Jesus, e a manifestar a confiança em sua proteção maternal. 

O escapulário é um sacramental aprovado pela Igreja e aceito pela Ordem do Carmo, como manifestação externa de amor a Maria e de confiança filial, que expressa um compromisso de imitá-la.

O valor e o sentido do escapulário

Representa o compromisso de seguir Jesus, como Maria, modelo perfeito de todo discípulo de Cristo. Esse compromisso tem sua origem no batismo, que nos transforma em filhos de Deus.

A Virgem ensina-nos a viver abertos à presença e ação de Deus, manifestada nos acontecimentos da vida; a escutar a Palavra de Deus, crer nela, pôr em prática suas exigências e a rezar em todos os momentos, descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias.

O uso do escapulário introduz-nos na fraternidade do Carmelo, comunidade religiosa presente na Igreja há mais de oito séculos, e nos leva a viver o ideal dessa família religiosa: a amizade íntima com Deus na oração; a colocar como modelo o exemplo dos santos e santas do Carmelo, com os quais estabelecemos um relacionamento familiar de irmãos; e a expressar a fé no encontro com Deus na vida eterna, mediante a intercessão e proteção de Maria.

Normas práticas

O escapulário é imposto apenas na primeira vez, por um sacerdote ou pessoa autorizada. Pode ser substituído por uma medalha, que tenha de um lado a imagem do Sagrado Coração e, do outro, a de Nossa Senhora.

O escapulário exige um compromisso cristão autêntico de “viver de acordo com os ensinamentos do Evangelho, receber os sacramentos e professar uma devoção especial à Santíssima Virgem, manifestada cotidianamente com as práticas de devoção mariana aprovadas pela Igreja: rosário, ladainhas, orações à Virgem Santíssima”.