Santa Teresa Margarida Redi

Frei Patrício Sciadini, ocd

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Na estante da biblioteca carmelitana não pode faltar a memória da primeira santa carmelitana, depois de santa Teresa d’Ávila. Trata-se de Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecida por seu nome de família – Redi –, originária da cidade de Arezzo. Atualmente a Villa Redi é habitada pelas Carmelitas Descalças. Teresa Margarida foi canonizada pelo Papa Pio XI no dia 19 de março de 1934. 

Ela nasceu em Arezzo no dia 15 de julho de 1747 e morreu no mosteiro carmelitano de Florença no dia 7 março de 1770. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 1º de setembro. Filha de uma família numerosa – 13 irmãos e irmãs –, na qual o pai, o senhor Inácio Fernando Maria Redi, será seu autêntico diretor espiritual, acompanhando o desenvolvimento espiritual da filha, particularmente no amor ao Sagrado Coração de Jesus, devoção que começava a entrar na espiritualidade da Igreja, em reação ao forte jansenismo do tempo.

Santa Teresa Margarida Redi não escreveu muitas coisas. Dela temos algumas cartas, uma síntese dos seus exercícios espirituais e pouquíssimos bilhetinhos que, segundo a tradição carmelitana, as monjas trocavam entre si para animar-se no caminho espiritual. Ela mesma escreve: “Quero ficar no Coração de Jesus, escondida como num deserto!” O lema de sua espiritualidade será imitar Jesus no silêncio, na solidão, no sacrifício.

Morreu com 23 anos de idade e seu corpo incorrupto se conserva na igreja das Carmelitas Descalças em Florença. Mesmo com sua jovem idade, atingiu os mais altos cumes de mística, fixando a sua atenção de modo especial sobre as palavras do evangelista João em sua primeira carta: “Deus é amor”.  Não um amor distante e individualista, mas um amor que se fez caridade e serviço às Irmãs mais necessitadas, especialmente a uma Irmã da sua comunidade que era afetada de demência.

Teresa Margarida é uma santa que nos recorda o caminho do encontro com Deus, a ternura do coração de Jesus, a caridade e o silêncio que se faz oração pelos mais frágeis.

A vida dos santos não é feita principalmente de obras, mas de amor. E Deus suscita santos e santas como Teresa Margarida Redi, para recordar-nos  que  “Deus é amor” e que nesse amor encontramos a força para servir com alegria a todos os que encontramos em nosso caminho.