Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada é o nome de batismo de Santa Teresa de Jesus, mas nós, carmelitas, a chamamos carinhosamente de “Santa Madre”. Nasceu em Ávila (Espanha), em 28 de março de 1515. Seus pais, Alonso e Beatriz, a educaram na fé católica e sua mãe ensinou-lhe a ler e escrever, coisa rara no século XVI, principalmente para uma mulher. Suas leituras preferidas eram os romances de cavalaria e a vida dos santos. Em 1529 falece a sua mãe; a partir daí, Teresa toma Nossa Senhora por mãe.
Em 1531 o pai a interna no Colégio de Nossa Senhora das Graças, mas um ano depois ela retorna à casa paterna por questões de saúde. Teresa toma a decisão de ingressar no Carmelo da Encarnação, em Ávila; porém, diante da negativa de seu pai, foge para alcançar seu objetivo. Permanece no Carmelo da Encarnação por 27 anos.
Após uma experiência muito forte diante de uma imagem de Cristo chagado, Teresa inicia um processo de conversão pessoal, que culminará com a fundação do Carmelo de São José, em Ávila. A partir daí, funda 17 mosteiros por toda a Espanha ao longo de 20 anos. Com suas fundações, ela acaba por reformar o Carmelo, “fundando”, assim, o Carmelo Descalço ou Carmelo Teresiano.
Santa Madre também se destaca pela vocação de escritora: é autora de vários livros e poemas, tendo escrito também inúmeras cartas, algumas das quais chegaram até nós. Merecem destaque as chamadas “obras maiores”: Livro da Vida, Caminho de Perfeição, Castelo Interior e Livro das Fundações.
Por tudo isso, ela é reconhecida na Igreja como fundadora, escritora e mística. Fundadora, não só por conta dos mosteiros que inaugurou, mas principalmente pelo fato de que, reformando o estilo de vida no Carmelo, acabou por fundar uma nova Ordem religiosa. Escritora, porque nos deixou uma riqueza incomensurável em escritos de uma espiritualidade refinadíssima. Mística, por conta de sua profundíssima experiência de relacionamento com Deus, que pautou toda a sua missão como religiosa carmelita.
Teresa de Jesus faleceu em Alba de Tormes (Espanha), em 04 de outubro de 1582.
Foi beatificada pelo Papa Paulo V em 24 de abril de 1614, canonizada pelo Papa Gregório XV em 12 de março de 1622 e proclamada Doutora da Igreja em 27 de setembro de 1970.